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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Responsabilidade pessoal 2



Dando continuidade às nossas reflexões sobre saúde pública, como eu dizia, a população deve fazer sua parte, tomando as medidas que estiverem ao seu alcance para evitar doenças de caráter individual ou coletivo. Para atingir tal objetivo, os profissionais de saúde devem estimular as pessoas a adotarem hábitos de vida saudáveis e trabalhar, dentro de suas possibilidades, para dar subsídios que viabilizem a adoção de hábitos saudáveis pela população. Por isso, acreditamos na medicina preventiva.

O poder público peca por não investir adequadamente na atenção primária, que seria a "atriz principal" da medicina preventiva. Em muitos municípios, ela ainda não está bem estruturada e falta mão de obra qualificada e comprometida com a causa.

Infelizmente, a atenção terciária, que compreende os serviços hospitalares, ainda é considerada a ferramenta de primeira escolha na assistência médica, quando deveria ser usada apenas em último caso. Em outras palavras, a saúde pública ainda tem muito daquele modelo hospitalocêntrico dos tempos do INAMPS.
Se, até agora, nada do que foi dito aqui ficou claro, pense em um carro. Todo carro vem com acessórios de segurança obrigatórios, como extintor e estepe, por exemplo, não é verdade? O dono do carro, se ele tiver bom senso, sempre o carrega no veículo, objetivando nunca vir a precisar de tais acessórios, e cuida bem do veículo para que isto nunca aconteça, mas, se por acaso acontecer, os acessórios estarão à disposição. Outro exemplo: se você tem um seguro de vida, você só recebe o benefício se algo desagradável lhe ocorrer. Se o fato desagradável for a sua morte, o benefício vai para seus herdeiros. Então, você faz o possível para não usufruir do benefício tão cedo, mas quando precisar, ele estará à disposição. Então, o hospital é como se fosse o extintor de incêndio do carro ou o seguro. Você deve fazer o possível para não precisar dele, mas, se precisar, ele estará preparado.
Em suma, imagens de corredores de hospitais lotados de pessoas em macas deveriam ser a exceção, e não a regra do Sistema Único de Saúde. Espero que isto tenha ficado bem claro.
Você deve estar pensando que estou dizendo que os pacientes são culpados pelo caos nos serviços de saúde. Não necessariamente, mas entenda uma coisa: falta mais atenção na medicina preventiva e, por isso, muitas pessoas não adotam hábitos de vida saudáveis e adoecem mais frequentemente. Entenda mais esta: quem joga papel no chão não tem moral para criticar a prefeitura, quando há muito lixo nas ruas.
Agora uma pequena crítica ao SUS: a atenção primária é tão desvalorizada que muitas vezes passa adiante problemas que ela poderia resolver. Muitas vezes acontece de um paciente ser encaminhado a um hospital apenas para realizar uma sutura em um dedo da mão, por exemplo, coisa que podia ser feita em qualquer posto de saúde. Veja o caso do IJF (Instituto Doutor José Frota), vulgo “Frotão”, considerado o maior hospital de emergência em traumas do Ceará, uma instituição pública municipal de Fortaleza, cuja sala de emergência vive sobrecarregada de pacientes, em sua maioria oriundos do interior, e que poderiam ter sido tratados em suas comunidades, se melhor equipadas estivessem.

Reconheço que há também muitos pacientes que estão lá porque requerem cuidados especiais que só o bom e velho “Frotão” pode dispensar. São as vítimas de acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motocicletas. Sem querer fazer julgamentos morais, mas, nesses acidentes, geralmente o motoqueiro e o garupeiro estão sem capacetes e, por vezes, sob efeito de bebidas alcoólicas. Se eles se permitem passar por esse tipo de situação, sujeitos a traumatismos cranianos severos que podem levar à morte, é por negligência e por teimosia. Todo mundo sabe que não se deve agir dessa maneira. Certamente aqueles pobres coitados devem ter ouvido falar de alguém que se acidentou da mesma forma que eles, mas não deram importância. Sempre acharam que nunca aconteceria com eles, somente com os outros.

Há um companheiro nosso dos tempos de faculdade fazendo sua residência médica em neurocirurgia lá no IJF, uma longa jornada de cinco anos pela frente, ou melhor, de quatro anos, porque um já se foi. Ele deve conhecer muito bem aquele tipo de paciente que mencionei.



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