Lição moral bastante atual

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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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sábado, 14 de abril de 2012

Ethos


"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Rui Barbosa



                 Segundo contou um professor de um curso de especialização que estou cursando, reza a lenda que, nos idos dos anos de 1960, havia, em uma conceituada faculdade de engenharia do país, uma espécie de pacto de ética entre seus estudantes. Eles eram tidos meio como que "certinhos". Não falavam muito de política, ao contrário de outros universitários da época. Acordavam entre si que jamais colariam nas provas, por exemplo. Os professores confiavam tanto naqueles alunos que, por vezes, os mandavam levar as provas para serem feitas em casa, sob a condição de não pesquisarem em fonte alguma. Aparentemente eles seguiam aquelas regras.

                 Bem, esse meu professor declarou, um tanto indignado, que todos os engenheiros, enquanto estudantes, eram honestos, mas que, depois de formados, seriam corruptos, que seriam responsáveis por prédios ou pontes que desabassem ou por estradas que estivessem esburacadas, porque eles sempre desviariam partes dos recursos destinados àquelas obras.

                Olha, eu acho que esse professor pegou pesado. Eu não acredito que suas declarações sejam aplicáveis a todos os engenheiros, especialmente civis. Claro que deve haver gente desonesta e incompetente nas engenharias, assim como em todas as classes profissionais, inclusive na medicina, mas essa gente deve ser quantitativamente irrisória e não deve comprometer o trabalho e a reputação do restante da categoria. Do mesmo modo, os políticos nos parecem ser todos da maneira que nós pensamos que eles são. Isso não é bem verdade. Contra eles, depoe o fato de que não vemos os resultados positivos de seus trabalhos.

                Você já deve ter percebido que, de alguns anos para cá, tem-se falado sobre ética e corrupção como nunca se falou antes. Corrupção sempre existiu no Brasil e nunca foi exclusividade nossa, tampouco foi tão levada à sério como está sendo agora, talvez motivada em parte pelas recentes reportagens investigativas sobre esquemas de corrupção denunciadas na TV, nas noites de domingo, em licitações para hospitais públicos e para implantação de redes de computadores em serviços públicos, com direito à transmissão de Internet sem fio gratuita, por exemplo.

                Sem querer fazer apologia indireta a qualquer facção política, mas, ao que me parece, todo mundo já se esqueceu de que já havia corrupção no Brasil, antes de 2005, quando foi descoberto o esquema do "mensalão". Coincidência ou não, o grupo político que dirigia o país naquela época e que era o mesmo da gestão atual, sendo a bola da vez, levou o "crédito" pela "obra". Surpreendentemente, o povo brasileiro ficou surpreso com aquilo. Quiçá o principal motivo da supresa tenha sido o fato de ter envolvido membros de uma facção política que, quando estava na oposição, aparentava ser altamente moralista e que criticava as quebras de ética que ocorriam, durante as gestões anteriores. Quando aquele grupo chegou ao poder, viu-se que eles praticamente mantiveram as mesmas práticas de seus antecessores. Isto não me surpreende nem um pouco.

                 Na política, é assim mesmo, meu caro. Todo mundo que chega ao poder, quem quer que seja, trata de se agarrar bem a ele e de fazer o melhor uso possível dele em benefício próprio e de repartí-lo generosamente com seus apadrinhados. Cada grupo político que assume o poder executivo em qualquer lugar chega como se fosse uma caravana de nômades, arma seu acampamento e suas redes e está mais preocupado em usufruir do que a terra tem a oferecer, em vez de trabalhar para que ela permaneça viável às gerações vindouras e para deixar seu legado no mundo. Por isso, eu acho que, sinceramente, para mim, não farão muita diferença os resultados das eleições municipais deste ano. O que ainda talvez possa ser feito para salvar o mundo é eleger os menos parasitas.

                 Você deve achar que essa febre de aberturas de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso Nacional acompanhada por essa onda de moralidade e ética propagada pela imprensa sejam recentes. Não são. Muitas CPIs foram instauradas desde a primeira, no início dos anos 50, mas a maioria delas não foi tão focada pela mídia como a do Esquema PC Farias, em 1992, que levou ao processo de impeachment do então presidente Collor, por exemplo. A maioria delas nunca foi devidamente levada à sério. Todo mundo acha que elas sempre acabam em pizza e que seriam apenas espetáculos armados, ou pode chamar de circo, se preferir, para os parlamentares mostrarem algum tipo de serviço com seus megassalários. Não é bem assim. Se as CPIs não mostraram resultados e não ajudaram significativamente o Brasil a se tornar um país melhor é porque elas também têm suas limitações. Para saber mais sobre como essas comissões funcionam, acesse:
                  http://jus.com.br/revista/texto/14302/uma-cpi-para-as-cpis;
                  http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-uma-cpi;
                  http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito.               
               



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