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sábado, 25 de outubro de 2014

Aplausos e apupos


                      Doravante, divulgaremos esporadicamente em nosso espaço eventos e atitudes positivas, daquelas que merecem nossos aplausos e que são de tirar o chapéu, e, menos frequentemente, atitudes negativas, daquelas que merecem uma boa carga de apupos (vaias) e que nem merecem estar sob os holofotes, de tão vergonhosas que são.


                      Note que, por vezes, empregamos em nossos textos palavras um tanto eruditas e de pouco uso no cotidiano, não para tornar o texto mais enfeitado e mais distante da compreensão do leitor comum, mas para que o leitor comum possa compreender os significados de algumas palavras pelo contexto e enriquecer seu vocabulário. Isso merece nossos aplausos.


                      Merece nossos aplausos também o anúncio da concessão do Prêmio Nobel da Paz à uma moça paquistanesa de dezessete anos que luta em prol do direito de crianças, especialmente meninas, à educação. E essa luta quase lhe custou a vida. Ela divide o prêmio com um engenheiro indiano que também luta pelo direito das crianças à educação e pelo fim do trabalho escravo.



                      Merece nossas vaias toda a sujeira na campanha eleitoral estadual no Ceará. Nos referimos não apenas à sujeira física, por conta de panfletos jogados e espalhados no chão, mas, principalmente, à sujeira moral, por conta das trocas de acusações entre as partes e pelo fato de uma das partes estar sendo investigada por um suposto envolvimento em um escândalo antigo de corrupção e por um suposto envolvimento em crimes eleitorais recentes, além de concorrência desleal por conta de provável uso da máquina administrativa.



                      Merecem nossas vaias também todas as instituições e autoridades públicas que agem com prepotência e arrogância cometendo injustiças contra a população, como, por exemplo, os responsáveis por intimidar médicos em ambiente de trabalho, para forçá-los a internar pacientes em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), quando não há condições de fazê-lo


                      E o que dizer daqueles que confiscam pequenas propriedades rurais de produtores endividados com poderosas instituições financeiras e as entregam para serem leiloadas, e de quem participa desses leilões??? Fosse um bispo católico, excomungaria toda a escória envolvida nesses processos, do começo ao fim, porque ela merece não apenas uma salva de vaias, mas também o inferno, por tirar proveito da desgraça alheia. Por que não saudá-los com vaias e mais vaias, se até a Presidenta da República foi solenemente vaiada pelo público presente, em alguns jogos da Copa do Mundo e em mais algumas ocasiões???





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